domingo, 28 de outubro de 2007

Tem um fascínio por relógios... dos que badalam as horas sem freio em batidas secas, dos que cantam as horas em melodia serena em toque de sino grave e nobre, dos que se trazem no pulso, quadrados, redondos, esguios... dos que se antes se penduravam em correia escondidos em bolsinho de colete elegante. Todos eles de ponteiros presos ao centro que os controla.
Planta relógios em cada canto. Escravos do tempo, movimento circular sem fim, enquanto a corda da vida, invisível, o acorda uma e outra vez....
Deixa-se invadir pelos sussurros dos tic tac cruzados, embala-se pela música do tempo e só assim esquece as horas...