domingo, 4 de novembro de 2007

No café de todos os dias, onde as caras se repetiam, eu fixara-o. A voz grave, de tonalidades quentes, invadiu-me com uma torrente de calor que ele continha nos gestos. Uma aura de tranquilidade elevava-o, a distância que o seu olhar impunha cativava. Adivinhei-lhe a densa profundidade de espírito no seu olhar doce e impenetrável, a perspicácia de discreto caçador na elegância dos seus modos, as linhas marcadas do seu carácter no rosto másculo, nos lábios gentis de sorrisos francos.