terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eco, a ninfa perdida de amores por Narciso, ouvirá apenas o som do seu chamamento vezes sem fim. O muro do silêncio habita o coração daquele que sabe que, calado, alimenta o eco que o sacia. Mira-se ao espelho e suspira, sorrindo à voz suplicante da ninfa do seu bosque.
Pobre Eco que definhará chamando. Belo Narciso que se alimentará de seu ego e por ele morrerá.
Tendo-se um ao outro, morrem sós.